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Projeto Brincar 

Publicado: Segunda, 22 de Julho de 2019, 12h26 | Última atualização em Quarta, 14 de Agosto de 2019, 13h22 | Acessos: 412

Justificativa 

As alterações neurológicas, decorrentes de hipóxia neonatal podem resultar em encefalopatia hipóxico-isquêmica crônica não evolutiva, com sequelas motoras e sensoriais de níveis variados, levando a incapacidades permanentes capazes de dificultar a vida do indivíduo. Esse grupo é bastante heterogêneo, caracterizado não apenas pelo déficit sensório-motor, mas também por distúrbios associados como: deformidades ósseas, retardo mental, convulsões, dentre outros. No Brasil, a prevalência é de 2-2,5/1.000 nascidos vivos, constituindo-se em um problema de saúde pública, onde 17.000 novos casos de PC ao ano. Os graus de comprometimento neuromuscular são classificados em paraplegia; triplegia; quadriplegia; hemiplegia; monoplegia e hemiplegia dupla. Uma criança tetraplégica, por exemplo, apresenta comprometimento tanto dos membros superiores quantos dos membros inferiores, tornando-se totalmente dependente de um cuidador para se alimentar, tomar banho, escovar os dentes e/ou outras ações de autocuidado, simples ou complexas.

A severidade da lesão perturba o desenvolvimento cerebral, sendo estacionária, contudo o comprometimento motor é progressivo se não houver tratamento. De acordo com a severidade, limita-se a capacidade da criança em executar tanto os movimentos mais simples quanto os mais complexos. O tratamento é de importância fundamental devido o tônus muscular poder vir a se tornar flácido ou tenso, de acordo com o grau de comprometimento que vai caracterizar a complexidade da patologia.

Pesquisas apontam que uma das formas mais originais do comportamento infantil é o brincar, por meio do qual se inicia a construção da relação com o mundo de maneira ativa, por meio do qual a criança manifesta seu pensamento, sua linguagem verbal, mesmo que estas não estejam suficientemente madura. Sob essa perspectiva o lúdico e a arte da palhaçaria ocupam papel fundamental como formas de expressão, não apenas enquanto estímulo para o desenvolvimento convencional da criança supostamente sadia, mas sua aplicação efetiva como atividade terapêutica. Nesse sentido, e ao considerar que até o sexto ano de vida, o cérebro está propício a receber estímulos, o projeto ora apresentado justifica-se por permitir um espaço funcional de intervenções artístico-lúdico, usando o brincar e a palhaçaria, com o propósito de estimular habilidades em crianças com encefalopatia crônica não evolutiva.

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